O erotismo
As jóias, o banquete, o erotismo são excessos... e como todo
excesso é improdutivo. Impõe-se a perda
da noção de si pois não esta vinculada ao mundo do Trabalho e da
produção, ampliando assim o seu universo. Materialismo místico e erótico.
Privilegiamos a leitura dos antropólogos: Levi Straus,
Mircea Eliade, Allan Poe, Lautreamond, Sade, Rimbaud, Baudelaire, Bataille.
Propomos uma passagem para uma zona perigosa. E é através da
transcendência que se chega a ela. Deus é só uma medida da transcendência. É
esse lugar além do medo. Só que não se pode precisar o que é porque quando ao
transcender o sujeito se perde. É a dissolução do eu.
O excesso pode ser roçado pela poesia, mas não pode ser
fundamentada pela filosofia, pois está além do fundamento. Chamam-o de místico
sem Deus. Ele propõe apenas a suspensão
do saber, sem chegar propriamente a um Deus. Só pode ser compreendido como um ato da experiência. É uma vivencia
individual de transcendência e transgressão. O verdadeiro sentido da
transgressão só é dada na pratica.
Desclassificação das formas (in) as palavras e a forma delas
em si, buscando uma ação própria. O universo é informe. As coisas são a
superfície. A sedução extrema se situa no limite do horror. Homem moderno cheio
de medos. O olho sempre está dentro das tramas do horror. É o olho da
consciência. Olho devorador. Ele organiza uma forma de pensar através da
imagens, uma forma de transgressão. Comer olho é transgressor. Sempre há muito
do repugnante envolta.
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